Oi Pessoal, tudo bem? Hoje vamos falar de um dos meus fetiches favoritos, a tão famosa Chuva Marrom, ou para os íntimos Scat, um fetiche que é ainda cercado de muuuitos tabus e preconceitos, mas tem raízes profundas na história humana e levanta questões sobre a sexualidade, desejos e normas sociais.
Começando pelo início, o que é Scat?
Para quem não conhece, o scat é uma prática sexual que inclui o uso de fezes, seja na forma de contato físico, visual ou em interações mais íntimas (Vou criar um post só para falar sobre isso). Para muitos, a ideia pode parecer extrema ou até repulsiva, mas para os praticantes, scat pode representar um nível profundo de poder, submissão ou intimidade.
Dentro do universo do fetichismo, scat é uma das práticas mais tabus, justamente por envolver uma substância que, culturalmente, associamos ao “sujo” e “inaceitável”.
No entanto, é crucial entender que, como qualquer outro fetiche, ele é uma expressão de desejos e preferências pessoais.
A origem do scat
Vamos começar com uma verdade que pode surpreender muita gente: fetiches não surgem do nada. Eles têm raízes culturais, históricas e até sociais, e o scat não é exceção.
O termo técnico original para esse fetiche é coprofilia que deriva do grego kopros, que significa “fezes”, e philia, que significa “amor” ou “afinidade”. Já a expressão “scat” utiliza a palavra “scat”, que em inglês se refere a excrementos, derivada do grego skato, também significando “excremento”.
Além disso, temos o nosso famoso termo abrasileirado “chuva marrom” que é usado especialmente no contexto da cultura popular.
Embora possa parecer chocante para alguns, esse fetiche não é uma invenção moderna. Existem registros históricos que indicam que práticas relacionadas à coprofilia ocorreram ao longo dos séculos, embora de maneira mais discreta. Na Roma Antiga, por exemplo, há relatos de práticas envolvendo fezes em rituais religiosos.
É importante lembrar que as normas sexuais variaram ao longo da história e de cultura para cultura. O tabu em torno do scat, como o conhecemos hoje, é moldado por valores de pureza e limpeza frequentemente associados a normas religiosas. Com a consolidação do cristianismo na Idade Média, práticas consideradas “impuras” começaram a ser duramente reprimidas, reforçando o estigma que ainda persiste.
Por quê as pessoas têm esse fetiche?
Quando falamos de fetiches, é fundamental entender que eles são profundamente pessoais e muitas vezes se desenvolvem por uma combinação de fatores psicológicos, emocionais e até culturais. Para algumas pessoas, o fetiche scat pode representar uma forma extrema de entrega e confiança, onde as barreiras convencionais de intimidade são quebradas.
Há também uma conexão entre o proibido e o desejo. O que é visto como “sujo” ou “inaceitável” na sociedade pode se tornar atraente exatamente por essa razão. E, como qualquer outro fetiche, ele é uma expressão única da sexualidade de uma pessoa.
Entender esse fetiche exige um olhar desprovido de julgamento, mas eu acredito que esse é um assunto maior que podemos abordar em outro post.
O grande tabu
Agora, por que o Scat é tão tabu? A resposta pode ser meio longa, mas resumindo, culturalmente, o ato de defecar / cagar é algo que foi colocado no reino do nojento e do inaceitável. Já percebeu que desde pequenos, somos ensinados a ver as fezes como algo sujo, a ser evitado e escondido?
A combinação de condicionamento cultural com normas sociais referentes ao que é tido como aceitável, tanto sexual quanto socialmente, gerou um ambiente onde o Scat é encarado com desprezo ou repulsa.
Mas é exatamente nesse ponto que precisamos fazer uma pausa e lembrar
que a sexualidade é diversa, e o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra.
A grande verdade é que a educação é o caminho para o entendimento e aceitação, embora o fetiche scat possa não ser para todos, ele é uma expressão válida da sexualidade de quem o pratica.
Preconceitos sobre o scat, e outros fetiches menos convencionais, muitas vezes vêm da falta de conhecimento. Quando nos informamos, entendemos que, no fundo, é tudo sobre consentimento e respeito. Se duas ou mais pessoas concordam e estão à vontade com a prática, não temos o direito de julgar, certo?
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