Fala pessoal, tudo certinho?
Vocês já conhecem sobre BDSM e também o nosso adorado Pig play, certo? Bom, ambos são universos fetichistas, são como um grupo de fetiches, mas além desses, que são os mais famosos, existe um mundo de fetiches muito maior.
Neste post, eu decidi mostrar alguns grupos fetichistas que existem por aí e como eles podem (ou não) se misturar.
BDSM
Para começar, vamos só recapitular: BDSM é a sigla para Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo. E, sim, é tudo isso ao mesmo tempo. Mas não precisa praticar tudo junto, cada um desses pontos pode ser um fetiche separado.
O BDSM é o universo mais organizado e famoso do fetichismo. A lógica aqui é o jogo de poder: uma pessoa domina, a outra se submete. Às vezes com dor, às vezes com palavras, às vezes só com olhar.
Práticas comuns no BDSM:
- Spanking
- Bondage
- Dominação e submissão verbal ou física
Pig Play
Diferente do BDSM, Pig não é uma sigla, é uma tradução de porco em inglês. O nome vem do conceito um pouco preconceituoso das práticas sem nojinhos. Pig Play é o universo dos fetiches que envolvem o uso do corpo natural e da sujeira e é aqui que os maiores tabus sociais vivem.
Práticas comuns no Pig:
- Scat
- Golden shower
- Fart fetish
- Spitting
Roleplay
Roleplay significa, literalmente, “interpretação de papéis”. É o fetiche de se transformar em outro personagem ou fazer o outro assumir um papel que excita.
O prazer aqui vem da fantasia encenada, do teatrinho, do faz de conta sexual. Pode ser fofo, engraçado, pesado, dramático. Pode ser tudo junto.
Práticas comuns no Roleplay:
- Médico e paciente
- Professor e aluno
- Pet play
- Simulação de dominação fictícia (se é que me entendem)
Voyeurismo e exibicionismo
Esses dois lados da moeda se completam. De um lado, quem sente prazer assistindo. Do outro, quem gosta de ser observado.
Esse universo cresceu muito com a internet, onlyfans e as redes sociais. Mas também existe no olho no olho da vida real.
Práticas comuns:
- Sexo em locais públicos
- Webcams ao vivo
- Dogging
- Cuckold e hotwife (assistir o parceiro com outro)
- Gloryhole
- Swing
Vestuário e materiais
Esse universo gira em torno do que se veste e de como isso é percebido, tocado, cheirado ou fantasiado. Às vezes o tesão tá mais no tecido do que no corpo. Esse, por exemplo, é um fetiche muito explorado em ensaios, pornografia e eventos.
Práticas comuns no universo de vestuário:
- Fetiche por couro
- Látex e PVC
- Meias, cintas-liga e lingeries
- Uniformes (militar, colegial, enfermeira)
- Roupas rasgadas ou sujas
- Sapatos, botas, salto alto
Infantilização
Antes de tudo: tudo aqui é entre adultos consentindo. Sempre!
Esse universo é um dos mais polêmicos, mas também um dos mais complexos. O prazer nem sempre é sexual, às vezes é sobre afeto, entrega e regressão emocional.
Práticas comuns:
- ABDL (já falamos sobre isso aqui)
- Alimentar, colocar pra dormir
- Dinâmicas caregiver/little
Eles se misturam?
Você provavelmente percebeu algumas semelhanças ou conexões entre eles. Bom, isso é porque eles sempre se misturam.
Fetiches não vivem em caixinhas separadas. O nosso desejo é fluido, inventivo, adaptável e às vezes a prática mais gostosa não nasce de um universo só, ela nasce do cruzamento entre dois, três ou vários ao mesmo tempo.
Pensa assim: o mundo fetichista é como uma cidade, tem bairro de luxo, bairro alternativo, zona dos barzinhos, e até uns becos escuros. E tem gente que ama circular entre eles.
Um bom exemplo é que uma cena de BDSM pode incluir práticas Pig. Um dominante pode ordenar que o submisso beba mijo ou seja cuspido. Aqui o pig ganha um papel mais simbólico: é sobre rebaixamento, entrega, vulnerabilidade. Isso mistura BDSM + Pig
Outro exemplo: Você pode estar num quarto, só observando duas pessoas brincando com lambidas nos pés e humilhação verbal. Sem tocar. Só olhando. Isso mistura Fetiche corporal + Voyeurismo + BDSM
Não me identifiquei com nenhum!
Isso é muito comum, muita gente que se sente “fora” de um universo específico, na verdade, está vivendo no entremeio. Pessoas que curtem dominação verbal com mijo mas não se identificam com o BDSM e nem com Pig. Ou quem curte infantilização emocional, mas sem fralda.
E isso é ruim? Muito pelo contrário. Isso é só o nosso desejo sendo honesto.
Muita gente descobre seus fetiches misturando elementos aos poucos. Você vai por curiosidade, experimenta, às vezes acha estranho, e às vezes de repente aquilo que era só uma pontinha vira sua prática favorita.
Elas possuem regras?
Sim: consentimento claro e informado. Misturar universos exige conversa, alinhamento de expectativas e cuidado redobrado. Às vezes o que é excitante pra um pode ser desconfortável pro outro e isso precisa ser dito em voz alta.
Outra coisa importante: alguns fetiches são simbólicos, outros são físicos. Alguns lidam com dor, outros com fluídos, outros com emoção. Misturar precisa considerar isso também. Nem todo corpo tá pronto pra aguentar cada prática. E tá tudo bem.