Hairy Pussy: o fetiche por buceta peluda

Pelos são naturais.
O desejo por pelos também.
E não tem nada de errado nisso.

Oi pessoal, tudo certinho?

Comecei com essa frase porque hoje, depois de falar sobre axilas peludas, chegou a hora de continuar nossa série de fetiches por pelos. Agora, a gente desce um pouquinho e chega no meu fetiche número um: bucetas peludas. 

 

O que é hairy pussy fetish?

O hairy pussy fetish, traduzindo de forma direta, fetiche por bucetas peludas, é o desejo voltado especificamente para genitais femininos com pelos naturais. E não é só uma questão de visual: tem quem curta o cheiro, a textura, o som do atrito, a sensação na boca ou na mão, e até o simbolismo que os pelos trazem.

Na internet, você vai encontrar esse fetiche com vários nomes: Hairy pussy, Bush fetish, Natural pubes, Unshaved girls

E, sim, esse fetiche tem ramificações dentro do Pig Play, especialmente por celebrar o que é natural. Os pelos pubianos são como um lembrete de que o corpo é corpo.

 

De onde vem esse desejo peludo?

Bem, já falamos antes que o desejo humano também se move entre o proibido e o escondido. E por muito tempo, os pelos foram colocados nesse lugar: de algo que deve ser tirado, disfarçado, arrancado. Quando algo é reprimido, ele volta… pelo desejo.

Além disso, os pelos carregam símbolos fortes:

  1. Resistência estética: Em um mundo que pressiona corpos a se depilarem até o último fio, desejar pelos pode ser uma forma inconsciente (ou bem consciente) de resistência.
  2. Nostalgia pornô: Quem cresceu vendo filmes adultos dos anos 70 e 80 provavelmente lembra do matagal cinematográfico que era símbolo de tesão na época.
  3. Rejeição à infantilização: A estética totalmente depilada, às vezes, é criticada por remeter à infância. O pelo traz a imagem da mulher adulta
  4. Sensação de naturalidade e liberdade: Pra muita gente, a visão de uma pepeca natural ativa o imaginário de algo cru, verdadeiro, selvagem.
 

Onde vivem os pelos 

Se hoje a gente fala de buceta peluda como um nicho alternativo, é bom lembrar que isso já foi o padrão. Sim, até os anos 80, pelos pubianos eram a regra, não a exceção. Tanto no sexo real quanto no pornô.

Nos anos 60 e 70, o mundo passava por transformações intensas: feminismo, contracultura, revolução sexual, movimentos hippies. Era o momento de dizer não aos padrões impostos e sim à liberdade do corpo.

Depilar-se era visto, por muita gente, como um comportamento de conformidade, algo que se fazia pra agradar aos outros e esconder o que era natural. Deixar os pelos crescerem era, portanto, uma afirmação política, estética e sexual. 

No pornô da época, isso se refletia em filmes com atrizes livres, peludas, desinibidas, e uma vibe que misturava tesão com autenticidade. Era o auge do chamado “golden age of porn”.

Aqui no Brasil, vale lembrar da Claudia Ohana, que marcou a cultura pop nacional com sua Playboy de 1985. Ela ficou conhecida como um símbolo da mulher peluda e poderosa.

 

O que aconteceu? Pra onde foram os pelos?

A virada veio nos anos 90 e 2000, quando o sexo entrou no modo HD estético.

Alguns fatores que explicam esse sumiço:

  1. Estética visual do pornô mainstream: Os estúdios queriam mostrar “tudo”, e os pelos começaram a ser vistos como “ruído visual”.
  2. Estética infantilizada: Corpos femininos lisos, sem pelos, sem rugas, sem marcas, quase como bonecas.
  3. Cultura da performance: A buceta lisinha virou padrão de beleza, sinal de cuidado, higiene, “estar em dia”.

 

Mas por que ainda é tabu?

Durante todo esse tempo, os pelos pubianos foram tratados como inimigos. A cultura pop, o pornô mainstream e até o mercado da beleza trabalharam juntos pra enfiar na nossa cabeça que a buceta ideal era lisinha.

Resultado? Todo mundo passou a associar os pelos a falta de higiene, desleixo ou “masculinidade”. A pressão estética caiu com força principalmente sobre as mulheres.

Mas quase como toda repressão, esse tabu criou também um desejo. E, como a internet bem sabe… onde tem desejo, tem nicho.

Com a chegada de plataformas como o OnlyFans, Privacy, ManyVids e outras redes de conteúdo adulto, uma coisa mudou: o poder voltou pras mãos das criadoras.

Mulheres, pessoas trans e homens passaram a criar conteúdo do jeito que queriam. E foi aí que os pelos voltaram a aparecer e muitas vezes como chamariz, diferencial estético, marca pessoal.

Esse movimento está ajudando a desconstruir o tabu dos pelos e a mostrar que eles não têm nada a ver com sujeira,  eles não diminuem o prazer (às vezes, até aumentam) e, que podem ser lindos, eróticos e desejados.

 

 

Conclusão: mais pelo, mais tesão e mais liberdade

Se você ama bucetas peludas, tá tudo certo com você. Se você nunca pensou nisso e se você tem vontade de deixar os pelos crescerem, saiba que você não está sozinha. Seu corpo, suas regras. Seu tesão, sua verdade.

 
E você, curte uma selva? 

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