Oi pessoal, tudo certinho?
Hoje vamos falar de mais uma prática que eu amo. Na verdade, eu acho que todo mundo que curte scat também ama: Beijo grego, rimjob, lambida no cu… chame como quiser. O nome pode variar, mas a prática é a mesma: lamber o cu com a boca e a língua.
Se você já curte, se sente vontade ou só quer entender melhor antes de meter a boca no cu alheio, vem comigo nesse primeiro post de uma série especial sobre rimjob.
O que é beijo grego?
Beijo grego é o nome carinhoso que a gente dá pra prática de lamber, beijar e acariciar o cu de alguém com a boca e a língua. Só isso. Nada de penetração obrigatória ou equipamento especial. Em inglês, o nome mais comum é rimjob, que vem da palavra rim, a borda do ânus, onde geralmente começa a brincadeira.
Agora, por que “grego”?
A expressão “beijo grego” surgiu no Brasil como um jeito “chique” (ou exótico) de falar sobre algo considerado tabu: lamber cu. A referência à Grécia Antiga aparece como forma de legitimar ou suavizar a prática, afinal, os gregos antigos eram conhecidos por uma cultura sexual aberta, que incluía sexo entre homens, orgias e rituais eróticos.
Mas vale o aviso: não há provas históricas de que eles chamavam isso de beijo. É muito mais uma invenção moderna com cara de piada sofisticada.
Curiosamente, na gringa o nome é bem mais direto: rimjob, butt licking, eating ass… Lá fora, eles são muito mais direto.
Uma tradição milenar
Apesar de parecer, essa prática não é nova, na própria Grécia Antiga há registros em vasos e textos poéticos que indicam práticas de estimulação anal com a boca e até cenas de penetração dupla
A Roma Antiga poetas como Marcial e Juvenal descreviam cenas explícitas envolvendo sexo oral anal, muitas vezes com tom cômico ou debochado.
Na China Antiga, especialmente durante as dinastias Tang e Ming, havia manuais eróticos que exaltavam a estimulação de “áreas proibidas” como parte de um sexo mais espiritual e completo.
Com a chegada do Cristianismo, e depois com o moralismo vitoriano, o corpo passou a ser visto como sujo, especialmente o prazer que não resultasse em reprodução. O cu virou símbolo do pecado e tudo que o envolvia passou a ser silenciado, escondido, punido. O beijo grego, claro, caiu nesse limbo.
Mas o século XX trouxe revoluções: o movimento LGBTQIA+, a revolução sexual, o feminismo e a internet ajudaram a reabrir conversas sobre prazer.
Ou seja, se na Antiguidade o rimming era prática comum em orgias sagradas, hoje ele é até trend no TikTok.
Mas por que o cu dá tanto prazer?
O ânus é uma zona erógena cheia de terminações nervosas. Aliás, são mais de 8 mil terminações! Isso significa que ele é sensível, receptivo e pode proporcionar sensações únicas, seja pra quem tem pau ou buceta.
No caso de pessoas com próstata, a estimulação anal pode ativar diretamente essa glândula (o famoso ponto P) gerando orgasmos intensos. Mas mesmo sem chegar tão fundo, o simples toque na borda (o tal “rim”) já pode ser altamente excitante.
Fetiche, carinho ou as duas coisas?
O beijo grego tem múltiplas identidades: pra uns, é uma forma de intimidade; pra outros, é fetiche mesmo. Ele aparece muito em contextos de submissão e dominação, especialmente quando combinado com facesitting, bondage ou dirty talk.
Além disso, lamber o cu de alguém, ou ser lambido, pode ser um gesto de entrega total.
A porta de entrada para os fetiches Pig
Bom, se estamos falando sobre isso aqui no blog, significa que sim, o beijo grego tem uma relação direta com o universo dos fetiches Pig.
É comum que quem curte rimjob sinta curiosidade ou afinidade com práticas como scat e facesitting. Não significa que quem gosta de um, goste do outro, mas muitas vezes há uma sobreposição de desejos. É o que chamamos de fetiches irmãos.
No universo Pig, o beijo grego pode ser visto como “o primeiro passo” pra sair do sexo polido e entrar em um território mais hard.
O preconceito do dia a dia?
O lado negativo de tudo isso, como sempre falamos, é que ainda existe um preconceito gigante com o beijo grego, especialmente quando o homem é o recebedor. Isso tem muito a ver com machismo, homofobia e uma ideia deturpada de que o prazer anal “feminiliza” o homem.
A sensibilidade do cu independe do seu gênero ou orientação sexual. E querer explorar essa parte do corpo não faz de ninguém menos homem, menos hétero ou menos digno de respeito.
Como diz a sexóloga Regina Navarro Lins: “Sexo é um campo de liberdade, e não de identidade.”
Conclusão: lambam-se com carinho e vontade
Se tem algo que o beijo grego nos ensina é que o prazer está nos detalhes, na entrega, na confiança e na curiosidade. Nem todo mundo vai curtir, e tá tudo bem. Mas quem curte, sabe o quanto essa prática pode ser íntima, intensa e libertadora.
Quer saber se é pra você? Só tem um jeito de descobrir
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